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Desaterramento, 2019, fotoperformance c/ Beatriz Almeida

Ouvi a história que o labirinto impossível não tem paredes. É feito de terra. Neste deserto, procuramos abrir caminho. Nos guiamos no meio das máquinas pelo som do mar, elemento feminino. Os limites antinaturais impostos pelos homens de diploma envolvem os territórios com a embalagem plástica do progresso. Apagam nossa memória, levantam seus objetos fálicos no nosso lugar de oração.

A fotoperformance Desterramento realizada pelas artistas fortalezenses Bárbara Moira e Beatriz Almeida tem como proposta discutir sobre a invasão dos espaços e a destruição do corpo associado a natureza, ambos geradores de memória. O elo entre os dois é o mar, elemento feminino. Esse novo espaço não natural requer, forçadamente, a remodelação do que conhecemos. É a invasão do corpo dito como território de todos. Esses corpos esperam uma devolução ancestral. O mar toma de volta. Também tomaremos.

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