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Casca-carne, 2018, fotoperformance

O tudo e o nada são impermanentes

O mundo gira, o rio flui, as estações mudam

Seguindo o mesmo fluxo natural, 

também o nosso corpo muda

Mudam-se os movimentos, 

a maneira de se ser e de se portar no mundo

As dores e os sabores,

A rigidez da casca-carne, 

Os arrepios e as sensações;

Tudo é impertinentemente impermanente

E assim, no fluir do corpo-alma através da vaga dança cósmica que rege esse Universo ainda mudam-se os passos, o ritmo, os timbres e as harmonias;

Além dos temores, dos tremores primários e dos batimentos dos corações

Tudo em perfeita sintonia com a entropia soberana, 

Alinhando-se sorrateiramente com o novo, que a cada segundo se esvai

E que, a essa hora, já se foi.

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